sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A inclusão dos Iguais

Noenil é a minha expiração para apresentar o “Trabalho de Campo”, solicitado pela Mestra Josely da Pós Graduação, entendo também como forma de render-lhes homenagens, sim Noenil é aquela menina-mulher que dentro do universo educacional torna-se uma grande profissional.
Pois bem o contato de Noe é como vamos chamá-la nos meus escritos, com a educação deu-se de forma administrativa, ela ficou durante 11 anos exercendo a função de coordenadora/administrativa de uma instituição, neste período tomou a decisão também de cursar pedagogia na Uneb, curso este já concluído.
Como é comum no individuo as inquietações fez com que nossa menina fizesse um concurso pela Prefeitura da cidade de Salvador e pedisse demissão da referida instituição e ficou durante 01 (um) como professora de educação fundamental, aprovada no concurso expectativas transbordando, a pergunta que não se cala: qual será a escola que poderei aplicar minhas teorias e práticas educacionais?
O rio do destino levou Noe ao Pestalozzi, educação inclusiva? Isso só sabemos na teoria! como aplicar algo tão distante dos conceitos discutidos em seminários, livros, debates e tantas outras explanações? como trabalhar com os iguais?
Tabu educacional, cultural e social, onde o senso comum apresenta que só o profissional que tem vocação pode penetrar neste universo “especial educacional”.
Noe nem sabia que tinha vocação, “FOI” elaborou projetos, pensou em práticas e teorias fundamentadas nos doutores ditos em educação. Só que não funcionava, eram dias exaustivos, chorosos, dolorosos, contagiada diariamente com a vontade de desistir, porém nossa menina tem dons, vontade de verdade, e ouviu sua percepção como ser pensante e vivente, passando então a olhar o outro com suas limitações, avanços, cotidiano, história familiar e construiu práticas a partir de suas observações a partir de sua leitura de vida.
As atividades são dinâmicas, como diz a nobre colega, cita Noe:
“Todos os dias quando vou dar aula referente aos números, começo do número 01 (um), por que para meus alunos o número 01(um) não importância para leitura de mundo e sim a dinâmica que realizamos em sala para começarmos a contagem dos números”.
A história da educação inclusiva vem nos mostrando que a atuação do educador, jamais é neutra e responde a demandas que se inscrevem em um contexto político, econômico, social e cultural.
A educação inclusiva vem se mostrando como um desafio para Noe, ou seja, pensar educação inclusiva considerando como prática de inclusão social, e ela têm essa reflexão quando expõe nos seus diálogos que não podemos falar em educação especial sem pensar na educação para todos.
Noe apresenta aos alunos da Pestalozzi a possibilidade da inclusão a uma sociedade mais justa mais igualitária e respeitosa, ou seja, do acesso continuo ao espaço comum da vida em sociedade.
A sala de aula é composta por 15 alunos sendo 10 (dez) sexo masculino e 05 (cinco) sexo feminino, os iguais não são separados por deficiências neste universo guiado por Srª Educação eles se encontram.
O contato é de atenção e respeito ao outro, nossa alteridade de cada dia é mensurada, onde os iguais silenciosamente lembram para a sociedade, não sou invisível! faço parte do seu mundo.
Seguem Noe e os Iguais, o contato, o olhar, as brigas, as descobertas, tristezas e renovações peregrinam num caminho iluminado na busca da inclusão para todos tão certos como o sol que nasce a cada manhã.

Educadora Noenil Rose
15 Alunos
Sociedade Pestalozzi da Bahia
Rua Porto Tainheiros 74
Ribeira, Salvador, 40421580
(0xx)71 3312-1254‎
(0xx)71 3314-3751‎

Um comentário:

Evilasio Queiros disse...

Denise fiquei surpreendido com os alunos primeiro pela recepção e o jeito tão carinhoso que eles têm.

Abraços